sábado, 22 de dezembro de 2012

Encerramento do curso de cabeleireiro no CVT de Russas.

Aconteceu ontem, 21/12/12, no CVT de Russas - CE, o encerramento do curso de cabeleireiro realizado pela Associação Russana da Diversidade Humana - ARDH, em parceria com o Governo do Estado do Ceará. Sem dúvidas, uma grande oportunidade para quem já é do ramo, ou para quem pretende se inserir nesse mercado, onde a qualificação se faz cada vez mais necessária. Agradecemos ao Governo do Estado do Ceará por mais esta iniciativa, agradecemos também aos membros da ARDH que estiveram engajados em mais essa conquista.

Confira algumas fotos:







segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ARDH promove seminário sobre "diversidade e prevenção", na Escola Profissionalizante.

Mais uma atividade do "Decêndio da Diversidade Humana" - lei municipal formulada pela ARDH e aprovada pela Câmara de Vereadores de Russas, em 2011 - aconteceu no último dia 07/12/12, na Escola Profissionalizante de Russas. Tratou-se de um Seminário sobre o tema "diversidade e prevenção às DST/HIV/Aids" e contou com a presença da diretoria da associação, nas pessoas de Luma Andrade - presidenta - e Deusirê Lima - vice-presidente; de Andréa Rossati - coordenadora estadual de políticas públicas para LGBT do Governo do Estado do Ceará -, além da presença dos alunos da escola, que puderam esclarecer dúvidas e ampliar os seus conhecimentos sobre o tema, o que favorece a quebra de preconceitos e paradigmas historicamente reproduzidos pela sociedade. Confira algumas fotos do seminário:

Alunos da Escola Profissionalizante

Em primeiro plano, Luma Andrade - presidenta da ARDH -, e em segundo plano,
Deusirê Lima -  Vice-presidente da ARDH e Andréa Rossati -
Coordenadora de Políticas Públicas para LGBT do Governo do Estado do Ceará.

Alunos da Escola Profissionalizante

ARDH realiza palestra sobre diversidade sexual.

A Associação Russana da Diversidade Humana, representada pelo seu vice-presidente, Deuzirê Lima e por Michel Saraiva, membro da diretoria, esteve, no dia 06/12/12, no Colégio Estadual Governador Flávio Marcílio, realizando uma palestra sobre o tema "Diversidade Sexual". O objetivo da palestra foi o de oferecer suporte para os alunos que estariam participando de um evento na Escola Profissionalizante, com a participação de outras escolas. 

Deuzirê Lima - Vice-presidente da ARDH

domingo, 2 de dezembro de 2012

ARDH promove "blitz" no Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

A Associação Russana da Diversidade Humana esteve ontem, 1º de Dezembro de 2012 - Dia Mundial de Luta Contra a Aids - no sinal de trânsito localizado ao lado da Praça Monsenhor João Luiz, em Russas. O objetivo da mobilização foi disponibilizar preservativos e materiais educativos sobre prevenção. Essa foi a primeira atividade realizada no "Decêndio da Diversidade Humana", que vai de 1 a 10 de Dezembro - lei municipal criada pela ARDH e aprovada pela Câmara de Vereadores de Russas em 2011. Esse ano, as atividades do decêndio se estenderão até o dia 16/12/12, quando será realizada a III Parada Regional da Diversidade Humana.

Confira algumas fotos da blitz:



 
 




sábado, 24 de novembro de 2012

Caso de transfobia seguido de negligência policial é registrado em Russas.

Marca da agressão 
Mais um caso de transfobia (agressões verbais ou físicas a travestis ou transexuais) foi registrado no dia 15/11/12, por volta das 10h:45min, em Russas - Ce. O agressor foi um mototaxista, cujo posto de trabalho situa-se na Avenida Dom Lino, em frente à praça Monsenhor João Luiz, próximo ao sinal de trânsito. A agredida, conhecida por Mara Bracho, ou simplesmente Mara, relatou já ter sido alvo de vários insultos vindos do mototaxista, sempre que passava em frente ao seu local de trabalho. No referido dia, após ser novamente alvo de insultos, Mara resolveu voltar e pedir que o agressor a respeitasse. Este, por sua vez, partiu para a agressão física, dando um soco um pouco acima de seu seio direito. Mara contactou o Ronda do Quarteirão e prestou a queixa, mas nada foi feito: "...eles foram até o local e não fizeram nada, disseram que, se eu quisesse, fosse para a delegacia e foram embora", relatou Mara.

O Ronda não fez o procedimento cabível para esse tipo de situação (encaminhar o caso, levando o agressor e o agredido para a delegacia). Após o episódio, Mara contactou a associação que, através de sua presidenta - Luma Andrade - a acompanhou até a Delegacia de Polícia de Russas. Lá, o procedimento foi realizado: o mototaxista foi levado até o local e as duas partes foram ouvidas. O TCO foi aberto e aguarda providências das autoridades competentes. 

ARDH promove reunião sobre os últimos preparativos da III Parada Regional da Diversidade Humana.

A Associação Russana da Diversidade Humana - ARDH - se reuniu no dia 05/11/12 com Andréa Rosati (Coordenadoria de Políticas Públicas Para LGBT - CE), para acordar os últimos preparativos da III Parada Regional da Diversidade Humana, que será realizada em Russas - CE, no dia 16/12/12 (domingo), pela associação, com o apoio do Governo do Estado do Ceará.

Andréa Rosati e representantes da ARDH
Alguém duvida que essa parada será um sucesso?

sábado, 17 de novembro de 2012

III Parada Regional da Diversidade Humana está de volta!



Vem aí a III PARADA REGIONAL DA DIVERSIDADE HUMANA. Junte-se a nós na luta contra o preconceito e na celebração da diversidade humana. É dia 16 de Dezembro (domingo), em Russas - Ce. Vai ficar de fora dessa?

"Tenho direito de ser igual quando a diferença me inferioriza. Tenho direito de ser diferente quando a igualdade me descaracteriza”. (Boaventura de Souza Santos).




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Mais um caso de transfobia é registrado em Russas.

Uma das trans residentes em Russas, conhecida como Mara ou Mara Bracho, foi agredida no último sábado, 25/08/2012, em um tradicional parque de vaquejadas localizado no distrito da Ingá, em Russas. O delito foi classificado como LESÃO CORPORAL DOLOSA (resultado de atentado bem sucedido à integridade corporal ou psíquica do ser humano). Segundo a vítima, o agressor, identificado como Samuel, teria jogado na mesma um copo de cachaça e, posteriormente, teria iniciado a agressão utilizando um litro (de cachaça). Prestada a queixa junto à Delegacia Regional de Russas, o caso será analisado e julgado pelas autoridades competentes.


Para aqueles que acham que não existe mais preconceito, está aí o fato, e contra fatos não há argumentos.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Juiz autoriza casamento gay em Itabuna - BA



No dia 29 de Junho de 2012, o Juiz de Direito da 4ª Vara Civil desta Comarca, Waldir Viana Ribeiro Júnior, em decisão INÉDITA na cidade de Itabuna, julgou procedentes os processos propostos pelos alunos do curso de direito da FACSUL-UNIME, e expediu alvará, autorizando ao Oficial de Registro Civil da Comarca iniciar e processar a habilitação de casamento entre pessoas do mesmo sexo, atendendo a todos os preceitos do Código Civil e Lei de Registros Públicos.

No início desse ano, em seu firme propósito de viabilizar o acesso à justiça, o curso de Direito da Facsul/Unime, através do projeto “Direito Fora do Quadrado”, coordenado pelos Professores Daniela Haun, Inocêncio Carvalho e Adailson Miranda, oportunizou aos discentes um trabalho acadêmico de cunho teórico-prático de ampla repercussão e relevância.

Atual, desafiadora e ousada, a referida atividade objetivava possibilitar a celebração do primeiro casamento civil entre pessoas do mesmo sexo (relações homoafetivas) no município.

Um marco histórico do exercício da cidadania no combate aos preconceitos e à discriminação na sociedade local e entre os acadêmicos de nossa região.

Com essa decisão, os casais, assistidos pelos alunos do projeto, darão entrada no processo de habilitação de casamento.

O próximo passo será a realização da cerimônia nupcial dos casamentos homoafetivos da cidade de Itabuna, também organizada pelos alunos do projeto Direito Fora do quadrado do Curso de Direito da FACSUL-UNIME.


sexta-feira, 6 de julho de 2012

MPF recorre no Rio à Justiça para permitir a ‘cura’ de homossexuais.

O MPF (Ministério Público Federal) no Rio deu entrada na Justiça a uma ação civil pública para anular a resolução do CFP (Conselho Federal de Psicologia) que proíbe os profissionais de prometer “cura” da homossexualidade porque se trata de uma orientação sexual, e não de um transtorno. A iniciativa do MPF coincide com o esforço que lideranças evangélicas, incluindo seus representantes na Câmara dos Deputados, estão fazendo para derrubar essa resolução do conselho. Fábio Aragão, um dos três procuradores que assinam a ação, é evangélico. Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), isso demonstra que o Ministério Público está sendo instrumentalizado pela crença pessoal de um de seus integrantes. “Isso é um erro grave, porque a Justiça deve ser laica”, disse o deputado. “Retomar a discussão sobre a homossexualidade ser ou não uma doença é um absurdo do mesmo tipo que seria retomar a discussão sobre se o sol gira em torno da terra.” Carlos Tufvesson, estilista engajado no movimento de defesa dos direitos dos gays, disse que não cabe ao Ministério Público tratar dessa questão porque a OMS (Organização Mundial da Saúde) já deu parecer segundo a qual homossexualidade não é doença. A Justiça não tem prazo para se manifestar sobre o pedido do MPF.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Associação Russana da Diversidade Humana participará de Congresso sobre DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais em São Paulo.



O IX Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, o II Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais, o VI Fórum Latino-americano e do Caribe em HIV/Aids e DST e o V Fórum Comunitário Latino-americano e do Caribe em HIV/Aids e DST, que serão realizados no Anhembi Parque, na cidade de São Paulo/SP - Brasil, de 28 a 31 de agosto de 2012, contará com a representação da Associação Russana da Diversidade Humana - ARDH, na pessoa da sua presidenta, Luma Andrade.

O tema central do evento é "Sistemas de Saúde e Redes Comunitárias e o desafio de fazer prevenção". A expectativa é refletir sobre o caminho que já se trilhou na construção de políticas públicas efetivas na área de DST/aids e hepatites virais, como os sistemas de saúde e os movimentos sociais se organizaram para o acesso universal e equitativo da prevenção e tratamento nos diferentes territórios do Brasil e da América Latina.

O evento contará com a participação de diversos públicos, como: organizações não governamentais e organizações governamentais; instituições de ação local, nacional e continental; pesquisadores e militantes da sociedade civil, e mais parceiros.

Luma participará como debatedora na conversa: 'REFLEXÕES ÉTICAS SOBRE SAÚDE E PREVENÇÃO PARA TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO BRASIL', no dia 30/08/2012 das 09:00 até às 10:30.

Subtema: COMO SE DÁ O ACESSO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS À EDUCAÇÃO FORMAL NO BRASIL? SEU PONTO DE VISTA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ACESSO AO ENSINO UNIVERSITÁRIO PARA TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO BRASIL E LACUNAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES.


É, mais uma vez, o trabalho da ARDH e de Luma Andrade sendo reconhecido a nível nacional.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

28 de junho - Dia do Orgulho LGBT.



Revoltados com as constantes revistas repressivas realizadas pela polícia no Bar Stonewall, em Nova York, os freqüentadores – em sua maioria LGBT -, decidiram se posicionar contra a intimidação praticada pelas autoridades, resultando em protestos que perduraram por três dias. Esta ficou conhecida como “A Rebelião de Stonewall”, representando as protoformas do Movimento LGBT.
A partir desse evento, no dia 28 de junho, tradicionalmente em diversas partes do mundo é comemorado o Dia do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais por meio de paradas e outras atividades socioculturais e educativas, como forma de expressar livremente, sem vergonha e publicamente a orientação sexual e a identidade de gênero LGBT. No Brasil as Paradas de Orgulho LGBT começaram a ganhar expressão, sendo vistas pela população, a partir da década de 1990.
Mas vale lembrar que este dia, para além das celebrações e festividades, também é o momento propício para falarmos das conquistas já alcançadas e da pauta de reivindicações do movimento LGBT moderno, o que é importante para dar visibilidade às lutas desse segmento e aos direitos garantidos por lei. 
No Brasil, conquistas como legalização da união homoafetiva, benefícios previdenciários ao companheiro e seu reconhecimento como dependente no imposto de renda, adoção de crianças e adolescentes, custeio pelo SUS de cirurgias de mudança de sexo, dentre outros direitos já estão em vigor.
Todavia, ainda esbarram em muitas dificuldades e impedimentos para serem concretizadas. O casamento civil, por exemplo, ainda é uma polêmica sendo garantido em alguns estados, e dificultado e até mesmo impedido em outros, já na adoção de crianças e adolescentes muitas vezes os homossexuais ainda são associados a pedófilos ou considerados não aptos para serem pais e mães, impedindo a realização de muitos gays e lésbicas que sonham em aumentar a família.
Outras questões ainda são bandeiras de luta como a criminalização da homofobia. Percebe-se que na nossa e em muitas sociedades a sexualidade ainda envolve imposições e resistências, sendo fonte muitas vezes de preconceito, opressão, discriminação e violência. A homofobia, típica violência que muitas vezes passa despercebida, é um exemplo bem real, presente e muitas vezes letal. Por isso, seu combate é uma das principais campanhas do movimento LGBT.
Segundo pesquisas recentes a homossexualidade ainda é proibida em 78 países e punida com pena de morte em 5. Esses são dados muito sérios e representam o quanto ainda o mundo tem que avançar para o reconhecimento da diversidade sexual e dos seres humanos enquanto seres livres para assumirem suas orientações e seus desejos, sem prejuízo de seus direitos ou até mesmo de sua vida. É pela defesa dos direitos humanos que precisamos encarar essa data como instrumento de mobilização social e de visibilidade deste segmento, em prol da igualdade de direitos entre pessoas heterossexuais e LGBT.
Muito ainda se tem a avançar! Então, fica a dica, comemorem, mas também se mobilizem, cobrem, lutem. Essa é a chamada do Dia do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Que a cada 28 de junho tenhamos mais a celebrar e menos a lamentar das leis do nosso país e de seres humanos de todo o mundo. Que o reconhecimento da diversidade sexual e o combate a todas as formas de desrespeito, preconceito, discriminação e violência por conta da orientação sexual ou identidade de gênero assumida seja encarada como uma necessidade para afirmação da igualdade e para construção de um mundo mais justo e igualitário.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Abraço de irmãos acaba em ataque homofóbico e morte na Bahia.



Gêmeos foram confundidos com homossexuais por grupo de oito agressores

SALVADOR - José Leonardo da Silva, 22 anos, não imaginava que o gesto inocente de caminhar abraçado com seu irmão gêmeo, José Leandro, despertaria a ira de outros homens. Os gêmeos foram espancados por cerca de oito pessoas na madrugada do último domingo (24) quando voltavam do Camaforró, na cidade de Camaçari (Grande Salvador). Leonardo morreu no local ao receber várias pedradas na cabeça, enquanto Leandro foi levado ao Hospital Geral de Camaçari com um afundamento na face, mas já recebeu alta.
Os agressores, que não tinham passagem na polícia, foram presos no mesmo dia do crime e estão custodiados na 18ª Delegacia (Camaçari). Segundo a delegada da 18ª DT, Maria Tereza Santos Silva, trata-se de um crime de homofobia
- Pensaram que eles fossem um casal homossexual. Os agressores e as vítimas não se conheciam e não tiveram nenhuma briga anterior, por isso acho que a motivação seja a homofobia - explica.
A delegada relata que o grupo desceu de um micro-ônibus ao ver os gêmeos abraçados e iniciou as agressões.
- Eles alegaram que acharam que era um homem e uma mulher brigando - conta Maria Tereza. Após as investigações, ela indiciou três das sete pessoas conduzidas para a delegacia. Douglas dos Santos Estrela, 19; Adriano Santos Lopes da Silva, 21; e Adan Jorge Araújo Benevides, 22; foram autuados em flagrante por homicídio qualificado (por motivo fútil) e formação de quadrilha. Diogo dos Santos Estrela, irmão de Douglas, está foragido.
Segundo a delegada Maria Tereza, durante as agressões, Leonardo reagiu, conseguiu tomar a faca da mão de Diogo e saiu caminhando. Ao ver Leonardo com a faca que pertencia a Diogo, Douglas perguntou onde estava seu irmão.
- Leonardo respondeu que não sabia. Douglas pediu para ele largar a faca e conversar. Depois, Adriano meteu um paralelepípedo na cabeça de Leonardo e Douglas pegou a mesma pedra e golpeou várias vezes a cabeça da vítima - relata a delegada Maria Tereza. Adan foi o que desferiu os socos que provocaram o afundamento na face de Leandro, que sobreviveu.
Para a delegada Maria Tereza, o crime contra os gêmeos mostra um problema social.
- Estamos no século 21 e matar uma pessoa porque é homossexual é um absurdo. Um jovem pagou com a vida porque foi confundido com um gay - destaca a delegada. O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, afirma que o episódio demonstra claramente o grau de homofobia cultural presente na sociedade.
- Esse caso mostra o perigo que é ser homossexual e demonstrar carinho em público. A gente repudia a situação e chama a atenção para a aprovação da lei que torna a homofobia crime no Brasil. Enquanto isso não acontecer, muitos casos vão se repetir - ressalta.
- Defender os direitos dos homossexuais é defender os direitos humanos - completa.
Em julho do ano passado, um caso semelhante ocorreu no interior de São Paulo, na cidade de São João da Boa Vista. Pai e filho foram espancadosem uma feira agropecuária porque estavam abraçados, assistindo às apresentações, quando um grupo com sete homens se aproximou e perguntou se eles eram gays.
O pai explicou que não, e o grupo foi embora, mas voltou logo depois e começou uma sessão de espancamento contra os dois.

FONTE: http://oglobo.globo.com/pais/abraco-de-irmaos-acaba-em-ataque-homofobico-morte-na-bahia-5330477#ixzz1z3DTO17q

sábado, 23 de junho de 2012

Dilma quer lançar logo plano de combate à homofobia.



Por determinação do Palácio do Planalto, a Secretaria de Direitos Humanos acelerou os preparativos para o lançamento do 2.º Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Focado no combate à homofobia, o plano só deveria ser lançado em dezembro. Dias atrás, porém, o Palácio do Planalto comunicou à Secretaria que a presidente Dilma Rousseff decidiu adiantar para agosto.

Também ficou determinado que a ministra Maria do Rosário deve apresentar o primeiro esboço do plano a Dilma até meados de julho. A presidente quer saber, em detalhes, qual será o custo, quais as principais ações e o papel de cada um dos 18 ministérios envolvidos.

Não se sabe qual é a estratégia do Planalto. Combate à homofobia é tema polêmico e o lançamento do plano em agosto, em pleno debate eleitoral, pode servir de artilharia para setores que se opõem à concessão de amplos direitos civis à população LGBT. Eles podem usá-lo para atirar contra o PT, como fizeram na eleição presidencial em 2010.

Por outro lado, o anúncio adiantado do plano pode ser uma tentativa de amenizar as críticas que o governo vem recebendo dos gays. Na Marcha contra a Homofobia, no mês passado, em Brasília, o governo Dilma foi um dos alvos de ataques. Coincidência ou não, foi logo depois da marcha que Planalto mandou acelerar os preparativos.

A presidenta Dilma Rousseff, em discurso na abertura da Rio+20, disse que “(…) Um crescimento [que deve-se querer no País] que respeite, ao mesmo tempo, a nossa população, os seus direitos, a sua cidadania, e, também, que garanta que o nosso povo tenha consciência pública, no sentido de garantir oportunidade a todas as pessoas, sem restrição de crença, de credo, de opção sexual, de raça, e garantindo oportunidades para todas as pessoas, para as crianças com deficiência (…)”.

Uns louvaram o fato de a presidente, autora de vetos a ações importantes pró-LGBT, tenha lembrado dos não-heterossexuais. Entretanto, outros não conseguem esconder a decepção em ouvir “opção sexual” em vez de orientação sexual (homo, bi e heterossexuais) e identidade de gênero (pessoas trans).

FONTE:  Informativo da Coordenadoria Estadual de Políticas Públicas para LGBTT‏

Ceará entre os primeiros no ranking dos estados com mais uniões homoafetivas.



O Ceará ocupa a sexta posição, em termos absolutos, no ranking dos estados com maior número de pessoas (um total de 2.620) responsável pelos domicílios tendo com cônjuge alguém do mesmo sexo. Mas, proporcionalmente, passa para o quinto lugar, significando que 0,17% dos cônjuges do Ceará são do mesmo sexo da pessoa de referência do domicílio. Em relação ao Nordeste, o Estado é, proporcionalmente, o primeiro, mas o segundo em números absolutos, sendo superado pela Bahia. Os dados acabam de ser divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado.

No Brasil foram identificadas, oficialmente, mais de 60 mil pessoas responsáveis pelo domicílio tendo com cônjuge alguém do mesmo sexo. E, de acordo com os dados do IPECE/Informe (nº 35 – junho), que tem como título “A Composição das Famílias no Ceará – Identificação das Relações Homoafetivas”, a região Sudeste tem o maior número, com 32,2 mil pessoas; seguida pelo Nordeste, com 12,1 mil; Sul, com 8,0 mil; Centro-Oeste, com 4,1 mil, e o Norte, com um total de 3,4 mil. O trabalho foi elaborado com base no Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 51 dos 184 municípios cearenses não ocorreram declaração de relações homoafetivas. E é em Fortaleza onde existe a maior da população vivendo este tipo de união, com um total de 1.560 das 2.620 pessoas em todo o Ceará. No Estado, o número de mulheres com cônjuges é maior tanto com outras mulheres, como também quando comparado com o número de homens com cônjuge de sexo diferente. Nos outros quatro e únicos municípios do Estado com população acima de 150.000 habitantes é também onde se concentram o maior contingente de relações homoafetivas. 
De acordo com Raquel Sales, responsável, juntamente com Daniel Suliano, pelo trabalho - ambos integrantes da Diretoria de Estudos Sociais (DISOC) do IPECE -, os resultados do estudo não representam crescimento ou queda nas estatísticas de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo devido ao ineditismo da base de dados, mas sim o reconhecimento social nas estatísticas oficiais da existência de uma nova composição familiar. Ela observa que o Estado de São Paulo é o que apresenta o maior número de cônjuges do mesmo sexo, com 16.872 (28,11%); seguido do Rio de Janeiro 10.170 (16,95%); Minas Gerais 4.098 (6,83%), Rio Grande do Sul 3.661 (6,10%) e Bahia 3.029 (5,05%).

O trabalho também faz uma análise de classe de renda das pessoas (de 10 anos ou mais), segundo a condição de cônjuge de mesmo sexo e compartilhamento da responsabilidade. No Ceará, por exemplo, nas classes de rendimento de mais de 10 salários mínimos a 20 salários e na classe de mais de 20 salários mínimos, a proporção de cônjuge de mesmo sexo é de 1,6% e 0,73%, respectivamente, enquanto os cônjuges de sexo diferente nessas mesmas classes de rendimento apresentam uma proporção de 0,53% e 0,17%. Já nas classes de rendimento sem rendimento e na de até meio salário mínimo – observa Raquel Sales - os cônjuges de mesmo sexo apresentam uma proporção de 27,4% e 9,2%, respectivamente, enquanto os cônjuges de sexo diferente apresentam uma proporção, nestas mesmas classes de rendimentos, de 30,8% e 23,6%.

No Ceará, o número de pessoas responsáveis dos domicílios do sexo feminino (937.874) é menor quando comparada aos de homens (1.432.596), ou seja, a maior parte das famílias no Ceará ainda apresenta os homens como responsáveis pelos domicílios. Mas o número de mulheres em união estável com outras mulheres é maior (1.749) quando comparado ao de homens com outros homens (871) da mesma forma que o número de mulheres cônjuge de sexo diferente é maior (1.208.349) em relação ao número de homens cônjuge de sexo diferente (376.429).

21.06.2012
Assessoria de Imprensa do Ipece

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Abaixo-assinado: Estatuto da Diversidade Sexual - Assine você também!



É chegada a hora de ser aprovada uma lei que assegure os direitos à população LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Depois do julgamento do STF, que reconheceu as uniões homoafetivas como entidade familiar, é preciso que todos os direitos sejam positivados. Também é indispensável a criminalização da homofobia e a adoção de políticas públicas para coibir a discriminação. Este foi o compromisso assumido pelas Comissões da Diversidade Sexual da OAB de todo o país, que muito se empenharam na elaboração de um projeto de lei incorporando todos os avanços já assegurados pela Justiça. Apresentar o projeto por iniciativa popular é a forma de a sociedade reivindicar tratamento igualitário a todos os cidadãos, independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. O respeito à diferença é a essência da democracia. 

Íntegra do projeto no site www.direitohomoafetivo.com.br 
Subscreva o Projeto do Estatuto da Diversidade Sexual. 

PARA ASSINAR, ACESSE O LINK:

quarta-feira, 30 de maio de 2012

I Seminário sobre Comunicação em Saúde para Jovens Gays, Recife PE.



O Ministério da Saúde, em parceria com a Coordenação de DST/AIDS e Hepatites Virais, Prefeitura do Recife e a Secretaria de Vigilância em Saúde, realizaram, entre os dias 30 e 31/05 e 01/06 de 2012, o I Seminário sobre Comunicação em Saúde para Jovens Gays e Oficinas de Comunicação Dirigidas para Jovens Gays, em Recife - PE. A Associação Russana da Diversidade Humana, ARDH, esteve representada no evento pelos membros: Michel Douglas e Eliaquim Gonçalves.


Na quarta feira, 30/05/12, o evento teve início com a apresentação dos participantes. Logo após, em uma mesa de debates, foram apresentados dados de pesquisas sobre HIV/Aids na população HSH (homens que fazem sexo com homens). O Moderador foi Acioli Neto - Coordenação de Atenção às DST/Aids e Hepatites Virais - Recife, já o expositor foi Gérson Fernandes - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais - MS Brasília.

Acioli Neto - Coordenação de Atenção às DST/Aids e Hepatites Virais - Recife e Gérson Fernandes - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais - MS Brasília .


A mesa seguinte foi composta pela moderadora Rita Vasconcelos/Fiocruz e pelos expositores/as: Alessandra Nilo/Gestos; Azael Cosme/GPT+ e Liandro Lindner/GAPA - SP, abordando o tema: Experiências de Comunicação em Saúde para populações específicas.
Liandro Lindner/GAPA - SP ,  Alessandra Nilo/Gestos, Rita Vasconcelos/Fiocruz e Azael Cosme/GPT+ 


Após o almoço, por volta das 14:00 h, se deu início a Roda de Conversa: Comunicação dirigida aos Jovens Gays, com o Moderador: Diogo Carvalho/Diário de Pernambuco e os expositores: Alexandre Böher/Somos - RS; Rildo Veras/Governo de Pernambuco e Thiago Rocha/Instituto Papai.
Diogo Carvalho/Diário de Pernambuco e os expositores: Alexandre Böher/Somos - RS; Rildo Veras/Governo de Pernambuco e Thiago Rocha/Instituto Papai.


Dando sequência ao Seminário, a próxima mesa foi composta pelo moderador: Tiago Soares/Folha de Pernambuco, e expositores: Adriano Pádua/Site Toda Forma de Amor - Recife e Fred Queiroz/Blog Babado Forte - Metrópole. O tema debatido foi: A Mídia Digital e a Juventude LGBT.

Adriano Pádua/Site Toda Forma de Amor - Recife, Tiago Soares/Folha de Pernambuco e Fred Queiroz/Blog Babado Forte - Metrópole. 


Na quinta-feira, 31/05/12, foram realizadas Oficinas de Comunicação Dirigida para Jovens Gays. A Oficina 1 foi sobre o tema - Mídias Sociais: Materiais Temáticos para Web, Vídeo e Fotografia, com os Facilitadores/as: Patrícia Del Rey e Hieronimus Oliveira - Coletivo Transverso/DF. Já a Oficina 2 contemplou o tema: Intervenção Urbana: textos e construções imagéticas, com as facilitadoras: Kamala Ramers e Tatiana Bittar - Coletivo Transverso/DF. Após a etapa de produção e construção das oficinas, os participantes, juntamente com os facilitadores/as e coordenadores/as do evento, se dirigiram a um abrigo para crianças carentes e, posteriormente, para um CAPS (Centro de Apoio Psicossocial), onde picharam muros e calçadas com as mensagens que haviam sido criadas pelos próprios jovens, anteriormente.



Realização das Oficinas.
No terceiro e último dia de Seminário, 01/06/12, foram realizadas mais duas oficinas. A primeira - Universo Drag Queen: Formação Cultural e Produção de Espetáculo de Prevenção - teve à frente o facilitador e ex BBB Dicésar/ Dimmy Kieer - SP, que deu dicas sobre maquiagem, dentre outras coisas do universo Drag Queen. A segunda oficina foi sobre - Introdução à discotecagem com produção de vinhetas eletrônicas temáticas - pelos DJs Alê Souza e Marcílio Batista/Metrópole.

Oficinas de Introdução à Discotecagem e Make Up.

O Seminário foi encerrado oficialmente na noite do mesmo dia, com direito a um coquetel oferecido pela organização do evento, numa área reservada da Boate Metrópole, uma das maiores da América Latina. Ao final do coquetel, os participantes curtiram o som dos DJs da boate, que foi liberada ao público. Um dos pontos de destaque da noite foi o show de Dimmy Kieer (Dicésar) que interpretou alguns de seus sucessos e animou todos que ali se encontravam. 

Coquetel de encerramento e confraternização dos participantes na Boate.

Sem dúvidas, esse Seminário ficará na lembrança de todos aqueles que estiveram presentes. Aprendizado, troca de experiências...tudo regado com muito bom humor e comprometimento por parte de todos. Foi um honra para a Associação Russana da Diversidade Humana ter participado deste evento tão significativo. Tudo o que foi apreendido será repassado para os demais integrantes da Associação e devolvido em forma de trabalho social. Ministério da Saúde, Coordenação de DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais e ONGs envolvidas, uma parceria que só tem a crescer!

E para finalizar, confira um recadinho do Dicésar.

Dicesar mandando beijo para a ARDH e para Luma Andrade (presidenta)
Confira mais fotos do Seminário aqui


sexta-feira, 25 de maio de 2012

ARDH participará de oficinas sobre comunicação em saúde, em Recife - PE.



Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela Associação Russana da Diversidade Humana, recebemos o convite do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, do MINISTÉRIO DA SAÚDE, para participarmos da OFICINA REGIONAL DE COMUNICAÇÃO EM SAÚDE E OFICINA DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS EDUCATIVOS PARA POPULAÇÃO DE JOVENS GAYS, que acontecerá nos dias 30 e 31 de maio e 01 de Junho, no Centro de Convenções do Hotel Onda Mar, em Recife - PE. Todas as despesas (passagens aéreas, estadia, alimentação e transporte) serão custeadas pelo Ministério da Saúde. O evento contará com debates, seminários, palestras, minicursos relativos ao tema, além das oficinas de Introdução à discotecagem com produção de vinhetas eletrônicas temáticas, com DJs especializados; e Universo Drag Queen: Formação Cultural e Produção de Espetáculo de Prevenção, com o ex BBB Dicésar/Dimmy Kieer. A Associação será representada pelos membros: Michel Douglas e Eliaquim Gonçalves, assessores de design e publicidade da ARDH. Sem dúvidas, o evento enriquecerá de forma significativa o currículo da Associação, que devolverá o conhecimento apreendido na Oficina à população, através de ações bem elaboradas no combate às DSTs.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Comissão do Senado aprova união estável entre homossexuais


Ativistas, simpatizantes e lideranças GLBT comemoram em, frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) - 

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quinta-feira projeto de lei que inclui no Código Civil a união estável entre homossexuais e sua futura conversão em casamento. A proposta transforma em lei uma decisão já tomada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2011, quando reconheceu a união estável de homossexuais como unidade familiar.
A proposta, da senadora Marta Suplicy (PT-SP), ainda terá de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a plenário e também terá de ser votada pela Câmara dos Deputados, onde deverá enfrentar muito mais resistência do que no Senado, especialmente por parte da chamada bancada evangélica.
Em seu relatório sobre o PL, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) defendeu a proposta lembrando que o Congresso está atrasado não apenas em relação ao STF, quanto em relação à Receita Federal e ao INSS, que já reconhecem casais do mesmo sexo em suas normas. A senadora lembra, no entanto, que a conversão de união estável em casamento não tem qualquer relação com o casamento religioso.
"O projeto dispõe somente sobre a união estável e o casamento civil, sem qualquer impacto sobre o casamento religioso. Dessa forma, não fere de modo algum a liberdade de organização religiosa nem a de crença de qualquer pessoa, embora garanta, por outro lado, que a fé de uns não se sobreponha à liberdade pessoal de outros", apontou em seu relatório. 


 Apesar da decisão do STF, que serve de jurisprudência para as demais esferas judiciais, casais homossexuais têm tido dificuldade em obter na Justiça a conversão, mesmo em cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro. Vários juízes alegam, apesar da decisão do órgão superior, que não há legislação a respeito. Durante a votação do STF, o então presidente do Tribunal, ministro Cezar Peluso, cobrou do Congresso que "assumisse a tarefa que até agora não se sentiu propensa a fazer" e transformasse a conversão em lei.

fonte: UOL notícias

quinta-feira, 17 de maio de 2012

17 de maio, Dia Internacional de Luta contra a HOMOFOBIA.


O Dia Internacional contra a Homofobia (em inglês: International Day Against Homophobia) é festejado em 17 de maio. A data foi escolhida lembrando da exclusão da Homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 17 de maio de 1990, oficialmente declarada em 1992.

Esta data é de suma importância não só para o público LGBT, mas para TODOS, uma vez que estamos falando sobre DIREITOS HUMANOS, vidas que estão sendo tiradas unicamente em função do ÓDIO e da INTOLERÂNCIA aos "diferentes". Muitos acham que a luta está ganha, que todos os nossos direitos já estão garantidos. Trite engano, ainda há muito por vir. E enquanto ao que já conquistamos, tudo pode ser perdido, uma vez que existem pessoas trabalhando a favor do preconceito e da discriminação. Muitas dessas pessoas estão ocupando cargos importantes: na mídia, nas grandes empresas, e, sobretudo, na política. Não podemos baixar as nossas cabeças e esperar que as conquistas caiam do céu, o que temos hoje é graças a pessoas que, no passado, lutaram, deram o seu sangue, e que morreram em favor desta causa. 

Para muitas pessoas, a luta começa dentro de si mesmo (é necessário compreender-se e aceitar-se como é), após isso, é necessário quebrar as barreiras do preconceito existentes dentro do seio da família. Tarefa que nem sempre é fácil, devido a conceitos pré-estabelecidos e tão enraizados em nossa sociedade. O importante é não deixar que essa dificuldade desestimule o desejo de ser feliz sendo como se é. Vencida mais esta etapa, é necessário lutar por aqueles que ainda não chegaram a este patamar de liberdade. O preconceito não é algo inerente ao ser humano, é apreendido através de conceitos morais de "certo" e "errado". Portanto, é necessário levar as pessoas a refletirem, a repensar estes conceitos que, na verdade, são pré-conceitos. Porém, isso não se faz à base da imposição (não se consegue nada através da força), é necessário que se disseminem as sementes da paz, do amor, do respeito e da tolerância, só assim poderemos colher, mais na frente, os frutos que trarão mais qualidade de vida para aqueles que, hoje, são tão marginalizados em nossa sociedade. 


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mães pela igualdade - Quando a dor se transforma em força.


Maio se estabeleceu como o mês das mães. É verdade que boa parte dessa celebração é motivada pelos interesses da indústria e do comércio, mas é inegável que o amor que se estabelece entre mãe e filho desde a gestação é forte, belo e mais forte que a morte. Infelizmente, há exceções. Todavia, a esmagadora evidência demonstra que a relação mãe-filho comporta compreensão e cumplicidade num nível que dificilmente encontra semelhante.

Por isso mesmo, a dor de uma mãe que vê o próprio filho ferido é incomparável e torna-se insuportável quando essa mãe precisa enterra-lo. Seria injusto, porém, não reconhecer que muitos pais sentem e demonstram a mesma compreensão, cumplicidade e dor para com seus filhos ao longo da jornada da vida. Isso não é uma exclusividade feminina, mas ganha contornos mais visíveis nas mães do que nos pais talvez até por razões biológicas ou culturais, ou uma combinação de ambas, como saber?

Esse ano, o dia das mães será dia 13 de maio, domingo próximo. Por isso, a LiHS aproveita a oportunidade para vir à público e manifestar seu apoio às mães que, tendo vivenciado a dor de ver um filho ferido ou morto por homofobia, ainda estão não tiveram pelo menos o consolo de ver os agressores ou assassinos de seus rebentos responder juridicamente por tais atrocidades.

No Rio de Janeiro, Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro (www.cedsrio.com.br) em parceria com a organização internacional AllOut (http://www.allout.org/pt/maespelaigualdade) organizou uma emocionante exposição que esteve na Praça XV semana passada, e que agora migra para outros pontos da cidade. Nela, fotos de mães com seus filhos gays, lésbicas e transexuais emocionam quem passa. As fotos são acompanhadas de comentários das mães sobre seus filhos. Existem quadros, porém, nos quais as mães estão sozinhas. A tristeza no olhar dessas mulheres é reveladora: ali está a dor da ausência. Seus filhos foram mortos por homofóbicos; sua alegria foi estancada, suas vidas foram marcadas pela tristeza que acompanha tamanha crueldade. A dor ganha novos contornos quando deputados e senadores se omitem diante de tanta crueldade. Um parlamentar conhecido por demonstrar atitudes racistas, machistas e homofóbicas. Em 2012, ele disse: “Prefiro ter um filho morto em acidente do que um filho gay.”

Quando legisladores que deveriam promover a igualdade e coibir a discriminação e agressão contra qualquer cidadão, inclusive o cidadão LGBT, dizem esse tipo de absurdo ou agem motivados por preconceitos como esse para adiar a aprovação de leis que protejam essa parcela vulnerável da população, eles torturam as vítimas mais uma vez, sejam os próprios homoafetivos ou seus parentes e amigos. As mães que encontraram os corpos inertes de seus filhos, muita vezes, mutilados pelo ódio homofóbico de seus agressores, são violentadas de novo. Aquelas que viram seus filhos hospitalizados são novamente submetidas à dor. Os filhos que sobreviveram à violência dos agressores revivem o terror vivido naqueles momentos que pareciam intermináveis, agora com o agravante da injúria de quem deveria garantir seus direitos – o Estado.

“Nós últimos meses, mães de todos os cantos do Brasil começaram a unir suas forças para dar um recado claro contra a discriminação, a violência e a homofobia crescentes, que estão saindo do controle no país. Elas se recusam a aceitar insultos e injúrias contra seus filhos. Elas são as ‘Mães pela Igualdade’.” – informa a AllOut que promove com a prefeitura do Rio essa emocionante exposição que será apresentada na Praça Antero de Quental (Leblon), de 09 a 15 de maio, depois Praça Saen Peña (Tijuca), de 16 a 22 de maio, e finalmente Vigário Geral de 23 a 29 de maio.

É fato que sendo no Rio de Janeiro a campanha terá visibilidade, porém, muitos brasileiros que moram em outras cidades não terão a oportunidade de ver a exposição.Há, porém, um modo de participar desse importante movimento. A AllOut está promovendo uma petição que você pode assinar de qualquer lugar do Brasil e do mundo. A petição está online.  Apoie essa iniciativa que mitigará um pouco da dor dessas mães e poderá fazer nossas autoridades agirem contra essa onda de violência que já vitimou gente demais. Nossos legisladores precisam mandar um recado para toda a sociedade por meio de legislação que coíba crimes como esses.

Veja as fotos das mães e seus filhos, suas declarações e assine a petição aqui:http://www.allout.org/pt/maespelaigualdade

TODOS OS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO ( EDUCAÇÃO BÁSICA E ENSINO SUPERIOR) DO ESTADO DO CEARÁ ADOTARÃO, EM SEUS DOCUMENTOS INTERNOS E NO TRATAMENTO, O NOME SOCIAL DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS.


RESOLUÇÃO Nº437/2012.
DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DO
NOME SOCIAL DE TRAVESTIS E
TRANSEXUAIS NOS REGISTROS
ESCOLARES INTERNOS DO
SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas atribuições legais e considerando o que foi deliberado na Sessão Plenária do dia 11 de abril de 2012, RESOLVE:
Ar t . 1 º  Determinar, quando requerido, que as instituições escolares de educação básica e de ensino superior, vinculadas ao Sistema Estadual de Educação do estado do Ceará, em respeito à cidadania, aos direitos humanos, à diversidade, ao pluralismo, à dignidade da pessoa humana; além do nome civil, incluam o nome social de travestis e transexuais em todos os registros internos dessas instituições.
§1º O estudante maior de 18 (dezoito) anos poderá manifestar o desejo, por escrito, de inclusão do seu nome social pela instituição educacional no ato da matrícula ou, a qualquer momento, no decorrer do ano letivo.
§2º Para os estudantes que não atingiram a maioridade legal, a inclusão poderá ser feita mediante autorização conjunta, por escrito, dos pais ou responsáveis, ou por decisão judicial.
§3º Quando requerido no ato da matrícula, o nome social deverá ser incluído de imediato em todos os registros internos ou se requerido em outro período, a tramitação do processo deverá observar o prazo de 30 (trinta) dias.
Art.2º Entender por nome civil aquele registrado na certidão de nascimento ou equivalente.
Art.3º Entender por nome social aquele adotado pela pessoa e/ou como ela é conhecida e identificada na comunidade, respeitando a identidade de gênero.
Art.4º O nome social, entre parênteses, deverá preceder o nome civil em todos os registros e documentos escolares internos e ser usual na forma de tratamento.
Art.5º As instituições supracitadas deverão viabilizar as condições necessárias d e respeito às individualidades, mantendo programas educativos de combate à homofobia e transfobia, assegurando ações e diretrizes previstas na legislação vigente.

Art.6º No ato de expedição de declarações, de certidões, de histórico escolar, de certificado e de diploma, constará somente o nome civil.
Art.7º Nos casos em que o interesse público exigir, inclusive para salvaguardar direitos de terceiros, será considerado o nome civil da pessoa travesti ou transexual.
Art.8º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. SALA DAS SESSÕES DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, em Fortaleza, aos 11 de abril de 2012.

Edgar Linhares Lima
PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Ada Pimentel Gomes Fernandes Vieira
VICE-PRESIDENTE
Sebastião Teoberto Mourão Landim
PRESIDENTE DA CEB
Samuel Brasileiro Filho
PRESIDENTE DA CESP
Francisco Assis Bezerra da Cunha
RELATOR
Ana Maria Nogueira Cruz
Carlos Alberto Barbosa de Castro
Henry de Holanda Campos
José Batista de Lima
José Marcelo Farias Lima
José Nelson Arruda Filho
Maria Luzia Alves Jesuíno
Maria Palmira Soares de Mesquita
Nohemy Rezende Ibanez
Orozimbo Leão de Carvalho Neto
Sebastião Valdemir Mourão
Selene Maria Penaforte Silveira
Vicente de Paula Maia Santos Lima

***  ***  ***

terça-feira, 8 de maio de 2012

Luma Andrade participará de reunião técnica, em Brasília, sobre “homofobia nas escolas”.



A presidenta da Associação Russana da Diversidade Humana, Luma Andrade, por seu reconhecido trabalho como educadora para a diversidade humana e prevenção a DST/HIV/AIDS, além dos trabalhos sociais realizados juntamente com os demais integrantes da ARDH, recebeu um convite da Coordenadoria Geral de Direitos Humanos do Ministério da Educação - MEC, para participar de uma reunião técnica com professores, gestores e profissionais da educação, no dia 14 de maio de 2012, em Brasília - DF. Na reunião, serão debatidos temas relativos à "homofobia na escola", objetivando a troca de experiências e discussão de boas práticas de programas e projetos sobre o tema.

No dia seguinte, 15 de maio, Luma participará, juntamente com os demais convidados, do 9º Seminário Nacional LGBT no Congresso Nacional, qualificando o debate com suas experiências/trajetórias.

É o trabalho da ARDH, na pessoa da sua presidenta, Luma Andrade, sendo, mais uma vez, reconhecido a nível nacional.

Travestis e transexuais podem usar nome social em escolas e universidades do Ceará

Travestis e transexuais do Ceará já podem ter o nome social incluído nos registros escolares internos do sistema estadual de ensino. A resolução foi publicada no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira (3). A medida vale para instituições de educação básica e de ensino superior. Segundo o texto, quando requerido, as instituições escolares devem incluir além do nome civil, o nome social de travestis e transexuais em todos os registros internos. O processo de inclusão deve acontecer no prazo de trinta dias.

O estudante maior de dezoito anos poderá manifestar o interesse pela inclusão do nome social durante a matrícula ou a qualquer momento do ano letivo. Os alunos que ainda não atingiram a maioridade legal devem apresentar uma autorização conjunta dos pais ou responsáveis, ou uma decisão judicial.
A resolução diz que o nome social deve ser escrito entre parênteses antes do nome civil e que deve ser usado como forma de tratamento do aluno. Entretanto, na expedição de declarações, de certidões, de histórico escolar, de certificado e de diploma, constará somente o nome civil.
Mais uma conquista da Associação Russana da Diversidade Humana.

domingo, 6 de maio de 2012

Associação Russana da Diversidade Humana é destaque nacional.


Três representantes do MINISTÉRIO DA SAÚDE, vindos diretamente de Brasília, estarão em nosso município quarta-feira (09/05/2012), especialmente para conhecer a história de vida de Luma Andrade e o trabalho ( reconhecido nacionalmente) da Associação Russana da Diversidade Humana, ARDH, com a prevenção à DST/HIV/AIDS. O material produzido e coletado pela equipe será publicado em uma revista especializada do Ministério da Saúde e distribuída nacionalmente. Estamos fazendo nossa parte e o reconhecimento é fruto de um árduo trabalho de equipe e muita luta.

Obrigada a todos e todas que fazem a ARDH e/ou diretamente ou indiretamente apoiam nossos trabalhos. As críticas sempre existirão, mas as respostas a estas sempre virão com o nosso trabalho e o reconhecimento deste por pessoas verdadeiramente capacitadas.

NÃO SE TRANSFORMA O MUNDO E AS PESSOAS APENAS COM DISCUSSOS, MAS COM ATOS.

Por Luma Andarde.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ceará ocupa 8º lugar no ranking de assassinatos de homossexuais em 2011.


Ceará ocupa 8º lugar no ranking de assassinatos de homossexuais em 2011
O Ceará é o 8º estado brasileiro onde mais homossexuais foram assassinados em 2011, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), ONG que coleta informações sobre homofobia no Brasil desde a década de 1970. Dos 266 registros de homicídios de gays, lésbicas e travestis em todo o país no ano passado, 10 foram no nosso Estado – três a mais do que em 2010, quando sete foram mortos.

A nível nacional, a maioria dos assassinatos em 2011 foram de homossexuais do sexo masculino (60%), seguidos pelos do sexo feminino (37%) e pelos travestis (3%). Nos três primeiros meses de 2012, os dados mostram que pelo menos 104 homossexuais já foram mortos no Brasil – uma média de um morto a cada 21 horas. A tendência, segundo o GGB, é do número bater recorde neste ano.

Sub notificação

Em Fortaleza, o Centro de Referência LGBT Janaína Dutra contabilizou a morte de pelo menos nove homossexuais no ano passado, nos 221 casos de violência física registrados. De acordo com a assessora jurídica do órgão, Rose Marques, esses números enfrentam um problema de sub notificação, pois “não existe um órgão de segurança específico para registrar crimes com causas homofóbicas”.

 “Os números não condizem com a realidade, pois o crime de homofobia ainda não existe. São registrados sem a circunstância homofóbica”, explica Rose. De acordo com ela, o Projeto de Lei 122, que prevê a criminalização da homofobia, está no Congresso Nacional e ainda não foi votado. “A gente sempre enfrenta problemas com a igreja e com fundamentalistas religiosos”, desabafa.

A assessora afirma ainda que a maioria dos atendimentos realizados no Centro de Referência são, na verdade, a vítimas de violência psicológica, envolvidas principalmente em conflitos com a família e com a vizinhança. “Somente depois é que vem a violência física”, completa. Segundo Rose, o Centro presta atendimentos jurídico, psicológico e social para as vítimas homossexuais.

Números no Brasil

Dentre as regiões brasileiras, a Nordeste foi considerada a ‘mais homofóbica’. Segundo os dados do GGB, a região foi responsável por 46% dos assassinatos de homossexuais. Em seguida, aparecem as regiões Sul/Sudeste, com 34% dos “homocídios”, e o Norte/Centro-Oeste, com 19%. Entre os estados, a Bahia lidera a lista pelo sexto ano consecutivo, com 28 homicídios, seguida por Pernambuco (25) e São Paulo (24).

 Em relação à idade, a pesquisa aponta que a maioria dos homossexuais assassinados tinha entre 20 e 40 anos (55%). Dos 266 mortos, somente 4% tinham menos de 18 anos. De acordo com o relatório, o mais jovem vítima de homicídio foi um estudante gay paulista de 14 anos, e o mais velho, um idoso de 73 anos da cidade Salvador, cuja família não permitiu a divulgação do nome na imprensa.

Ainda segundo o Grupo Gay da Bahia, os homossexuais mortos exerciam 48 profissões diferentes, em que predominam profissionais do sexo (72 vítimas), seguidas de estudantes (11), cabeleireiro/as (8), funcionários/as públicos (7), policiais (5), padres (3) e pais de santo (2). As outras profissões apresentam números menos expressivos.

Líder mundial

A nível mundial, os números mostram que o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de execuções de todo mundo. Nos Estados Unidos, que possui 100 milhões a mais de habitantes, por exemplo, foram contabilizados nove mortes de travestis em 2011, enquanto, no nosso país, foram executados pelo menos 98.

Fonte: jangadeiroonline.com.br