sábado, 23 de junho de 2012

Dilma quer lançar logo plano de combate à homofobia.



Por determinação do Palácio do Planalto, a Secretaria de Direitos Humanos acelerou os preparativos para o lançamento do 2.º Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Focado no combate à homofobia, o plano só deveria ser lançado em dezembro. Dias atrás, porém, o Palácio do Planalto comunicou à Secretaria que a presidente Dilma Rousseff decidiu adiantar para agosto.

Também ficou determinado que a ministra Maria do Rosário deve apresentar o primeiro esboço do plano a Dilma até meados de julho. A presidente quer saber, em detalhes, qual será o custo, quais as principais ações e o papel de cada um dos 18 ministérios envolvidos.

Não se sabe qual é a estratégia do Planalto. Combate à homofobia é tema polêmico e o lançamento do plano em agosto, em pleno debate eleitoral, pode servir de artilharia para setores que se opõem à concessão de amplos direitos civis à população LGBT. Eles podem usá-lo para atirar contra o PT, como fizeram na eleição presidencial em 2010.

Por outro lado, o anúncio adiantado do plano pode ser uma tentativa de amenizar as críticas que o governo vem recebendo dos gays. Na Marcha contra a Homofobia, no mês passado, em Brasília, o governo Dilma foi um dos alvos de ataques. Coincidência ou não, foi logo depois da marcha que Planalto mandou acelerar os preparativos.

A presidenta Dilma Rousseff, em discurso na abertura da Rio+20, disse que “(…) Um crescimento [que deve-se querer no País] que respeite, ao mesmo tempo, a nossa população, os seus direitos, a sua cidadania, e, também, que garanta que o nosso povo tenha consciência pública, no sentido de garantir oportunidade a todas as pessoas, sem restrição de crença, de credo, de opção sexual, de raça, e garantindo oportunidades para todas as pessoas, para as crianças com deficiência (…)”.

Uns louvaram o fato de a presidente, autora de vetos a ações importantes pró-LGBT, tenha lembrado dos não-heterossexuais. Entretanto, outros não conseguem esconder a decepção em ouvir “opção sexual” em vez de orientação sexual (homo, bi e heterossexuais) e identidade de gênero (pessoas trans).

FONTE:  Informativo da Coordenadoria Estadual de Políticas Públicas para LGBTT‏

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