quinta-feira, 28 de junho de 2012

28 de junho - Dia do Orgulho LGBT.



Revoltados com as constantes revistas repressivas realizadas pela polícia no Bar Stonewall, em Nova York, os freqüentadores – em sua maioria LGBT -, decidiram se posicionar contra a intimidação praticada pelas autoridades, resultando em protestos que perduraram por três dias. Esta ficou conhecida como “A Rebelião de Stonewall”, representando as protoformas do Movimento LGBT.
A partir desse evento, no dia 28 de junho, tradicionalmente em diversas partes do mundo é comemorado o Dia do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais por meio de paradas e outras atividades socioculturais e educativas, como forma de expressar livremente, sem vergonha e publicamente a orientação sexual e a identidade de gênero LGBT. No Brasil as Paradas de Orgulho LGBT começaram a ganhar expressão, sendo vistas pela população, a partir da década de 1990.
Mas vale lembrar que este dia, para além das celebrações e festividades, também é o momento propício para falarmos das conquistas já alcançadas e da pauta de reivindicações do movimento LGBT moderno, o que é importante para dar visibilidade às lutas desse segmento e aos direitos garantidos por lei. 
No Brasil, conquistas como legalização da união homoafetiva, benefícios previdenciários ao companheiro e seu reconhecimento como dependente no imposto de renda, adoção de crianças e adolescentes, custeio pelo SUS de cirurgias de mudança de sexo, dentre outros direitos já estão em vigor.
Todavia, ainda esbarram em muitas dificuldades e impedimentos para serem concretizadas. O casamento civil, por exemplo, ainda é uma polêmica sendo garantido em alguns estados, e dificultado e até mesmo impedido em outros, já na adoção de crianças e adolescentes muitas vezes os homossexuais ainda são associados a pedófilos ou considerados não aptos para serem pais e mães, impedindo a realização de muitos gays e lésbicas que sonham em aumentar a família.
Outras questões ainda são bandeiras de luta como a criminalização da homofobia. Percebe-se que na nossa e em muitas sociedades a sexualidade ainda envolve imposições e resistências, sendo fonte muitas vezes de preconceito, opressão, discriminação e violência. A homofobia, típica violência que muitas vezes passa despercebida, é um exemplo bem real, presente e muitas vezes letal. Por isso, seu combate é uma das principais campanhas do movimento LGBT.
Segundo pesquisas recentes a homossexualidade ainda é proibida em 78 países e punida com pena de morte em 5. Esses são dados muito sérios e representam o quanto ainda o mundo tem que avançar para o reconhecimento da diversidade sexual e dos seres humanos enquanto seres livres para assumirem suas orientações e seus desejos, sem prejuízo de seus direitos ou até mesmo de sua vida. É pela defesa dos direitos humanos que precisamos encarar essa data como instrumento de mobilização social e de visibilidade deste segmento, em prol da igualdade de direitos entre pessoas heterossexuais e LGBT.
Muito ainda se tem a avançar! Então, fica a dica, comemorem, mas também se mobilizem, cobrem, lutem. Essa é a chamada do Dia do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Que a cada 28 de junho tenhamos mais a celebrar e menos a lamentar das leis do nosso país e de seres humanos de todo o mundo. Que o reconhecimento da diversidade sexual e o combate a todas as formas de desrespeito, preconceito, discriminação e violência por conta da orientação sexual ou identidade de gênero assumida seja encarada como uma necessidade para afirmação da igualdade e para construção de um mundo mais justo e igualitário.

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