quarta-feira, 30 de maio de 2012

I Seminário sobre Comunicação em Saúde para Jovens Gays, Recife PE.



O Ministério da Saúde, em parceria com a Coordenação de DST/AIDS e Hepatites Virais, Prefeitura do Recife e a Secretaria de Vigilância em Saúde, realizaram, entre os dias 30 e 31/05 e 01/06 de 2012, o I Seminário sobre Comunicação em Saúde para Jovens Gays e Oficinas de Comunicação Dirigidas para Jovens Gays, em Recife - PE. A Associação Russana da Diversidade Humana, ARDH, esteve representada no evento pelos membros: Michel Douglas e Eliaquim Gonçalves.


Na quarta feira, 30/05/12, o evento teve início com a apresentação dos participantes. Logo após, em uma mesa de debates, foram apresentados dados de pesquisas sobre HIV/Aids na população HSH (homens que fazem sexo com homens). O Moderador foi Acioli Neto - Coordenação de Atenção às DST/Aids e Hepatites Virais - Recife, já o expositor foi Gérson Fernandes - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais - MS Brasília.

Acioli Neto - Coordenação de Atenção às DST/Aids e Hepatites Virais - Recife e Gérson Fernandes - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais - MS Brasília .


A mesa seguinte foi composta pela moderadora Rita Vasconcelos/Fiocruz e pelos expositores/as: Alessandra Nilo/Gestos; Azael Cosme/GPT+ e Liandro Lindner/GAPA - SP, abordando o tema: Experiências de Comunicação em Saúde para populações específicas.
Liandro Lindner/GAPA - SP ,  Alessandra Nilo/Gestos, Rita Vasconcelos/Fiocruz e Azael Cosme/GPT+ 


Após o almoço, por volta das 14:00 h, se deu início a Roda de Conversa: Comunicação dirigida aos Jovens Gays, com o Moderador: Diogo Carvalho/Diário de Pernambuco e os expositores: Alexandre Böher/Somos - RS; Rildo Veras/Governo de Pernambuco e Thiago Rocha/Instituto Papai.
Diogo Carvalho/Diário de Pernambuco e os expositores: Alexandre Böher/Somos - RS; Rildo Veras/Governo de Pernambuco e Thiago Rocha/Instituto Papai.


Dando sequência ao Seminário, a próxima mesa foi composta pelo moderador: Tiago Soares/Folha de Pernambuco, e expositores: Adriano Pádua/Site Toda Forma de Amor - Recife e Fred Queiroz/Blog Babado Forte - Metrópole. O tema debatido foi: A Mídia Digital e a Juventude LGBT.

Adriano Pádua/Site Toda Forma de Amor - Recife, Tiago Soares/Folha de Pernambuco e Fred Queiroz/Blog Babado Forte - Metrópole. 


Na quinta-feira, 31/05/12, foram realizadas Oficinas de Comunicação Dirigida para Jovens Gays. A Oficina 1 foi sobre o tema - Mídias Sociais: Materiais Temáticos para Web, Vídeo e Fotografia, com os Facilitadores/as: Patrícia Del Rey e Hieronimus Oliveira - Coletivo Transverso/DF. Já a Oficina 2 contemplou o tema: Intervenção Urbana: textos e construções imagéticas, com as facilitadoras: Kamala Ramers e Tatiana Bittar - Coletivo Transverso/DF. Após a etapa de produção e construção das oficinas, os participantes, juntamente com os facilitadores/as e coordenadores/as do evento, se dirigiram a um abrigo para crianças carentes e, posteriormente, para um CAPS (Centro de Apoio Psicossocial), onde picharam muros e calçadas com as mensagens que haviam sido criadas pelos próprios jovens, anteriormente.



Realização das Oficinas.
No terceiro e último dia de Seminário, 01/06/12, foram realizadas mais duas oficinas. A primeira - Universo Drag Queen: Formação Cultural e Produção de Espetáculo de Prevenção - teve à frente o facilitador e ex BBB Dicésar/ Dimmy Kieer - SP, que deu dicas sobre maquiagem, dentre outras coisas do universo Drag Queen. A segunda oficina foi sobre - Introdução à discotecagem com produção de vinhetas eletrônicas temáticas - pelos DJs Alê Souza e Marcílio Batista/Metrópole.

Oficinas de Introdução à Discotecagem e Make Up.

O Seminário foi encerrado oficialmente na noite do mesmo dia, com direito a um coquetel oferecido pela organização do evento, numa área reservada da Boate Metrópole, uma das maiores da América Latina. Ao final do coquetel, os participantes curtiram o som dos DJs da boate, que foi liberada ao público. Um dos pontos de destaque da noite foi o show de Dimmy Kieer (Dicésar) que interpretou alguns de seus sucessos e animou todos que ali se encontravam. 

Coquetel de encerramento e confraternização dos participantes na Boate.

Sem dúvidas, esse Seminário ficará na lembrança de todos aqueles que estiveram presentes. Aprendizado, troca de experiências...tudo regado com muito bom humor e comprometimento por parte de todos. Foi um honra para a Associação Russana da Diversidade Humana ter participado deste evento tão significativo. Tudo o que foi apreendido será repassado para os demais integrantes da Associação e devolvido em forma de trabalho social. Ministério da Saúde, Coordenação de DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais e ONGs envolvidas, uma parceria que só tem a crescer!

E para finalizar, confira um recadinho do Dicésar.

Dicesar mandando beijo para a ARDH e para Luma Andrade (presidenta)
Confira mais fotos do Seminário aqui


sexta-feira, 25 de maio de 2012

ARDH participará de oficinas sobre comunicação em saúde, em Recife - PE.



Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela Associação Russana da Diversidade Humana, recebemos o convite do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, do MINISTÉRIO DA SAÚDE, para participarmos da OFICINA REGIONAL DE COMUNICAÇÃO EM SAÚDE E OFICINA DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS EDUCATIVOS PARA POPULAÇÃO DE JOVENS GAYS, que acontecerá nos dias 30 e 31 de maio e 01 de Junho, no Centro de Convenções do Hotel Onda Mar, em Recife - PE. Todas as despesas (passagens aéreas, estadia, alimentação e transporte) serão custeadas pelo Ministério da Saúde. O evento contará com debates, seminários, palestras, minicursos relativos ao tema, além das oficinas de Introdução à discotecagem com produção de vinhetas eletrônicas temáticas, com DJs especializados; e Universo Drag Queen: Formação Cultural e Produção de Espetáculo de Prevenção, com o ex BBB Dicésar/Dimmy Kieer. A Associação será representada pelos membros: Michel Douglas e Eliaquim Gonçalves, assessores de design e publicidade da ARDH. Sem dúvidas, o evento enriquecerá de forma significativa o currículo da Associação, que devolverá o conhecimento apreendido na Oficina à população, através de ações bem elaboradas no combate às DSTs.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Comissão do Senado aprova união estável entre homossexuais


Ativistas, simpatizantes e lideranças GLBT comemoram em, frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) - 

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quinta-feira projeto de lei que inclui no Código Civil a união estável entre homossexuais e sua futura conversão em casamento. A proposta transforma em lei uma decisão já tomada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2011, quando reconheceu a união estável de homossexuais como unidade familiar.
A proposta, da senadora Marta Suplicy (PT-SP), ainda terá de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a plenário e também terá de ser votada pela Câmara dos Deputados, onde deverá enfrentar muito mais resistência do que no Senado, especialmente por parte da chamada bancada evangélica.
Em seu relatório sobre o PL, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) defendeu a proposta lembrando que o Congresso está atrasado não apenas em relação ao STF, quanto em relação à Receita Federal e ao INSS, que já reconhecem casais do mesmo sexo em suas normas. A senadora lembra, no entanto, que a conversão de união estável em casamento não tem qualquer relação com o casamento religioso.
"O projeto dispõe somente sobre a união estável e o casamento civil, sem qualquer impacto sobre o casamento religioso. Dessa forma, não fere de modo algum a liberdade de organização religiosa nem a de crença de qualquer pessoa, embora garanta, por outro lado, que a fé de uns não se sobreponha à liberdade pessoal de outros", apontou em seu relatório. 


 Apesar da decisão do STF, que serve de jurisprudência para as demais esferas judiciais, casais homossexuais têm tido dificuldade em obter na Justiça a conversão, mesmo em cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro. Vários juízes alegam, apesar da decisão do órgão superior, que não há legislação a respeito. Durante a votação do STF, o então presidente do Tribunal, ministro Cezar Peluso, cobrou do Congresso que "assumisse a tarefa que até agora não se sentiu propensa a fazer" e transformasse a conversão em lei.

fonte: UOL notícias

quinta-feira, 17 de maio de 2012

17 de maio, Dia Internacional de Luta contra a HOMOFOBIA.


O Dia Internacional contra a Homofobia (em inglês: International Day Against Homophobia) é festejado em 17 de maio. A data foi escolhida lembrando da exclusão da Homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 17 de maio de 1990, oficialmente declarada em 1992.

Esta data é de suma importância não só para o público LGBT, mas para TODOS, uma vez que estamos falando sobre DIREITOS HUMANOS, vidas que estão sendo tiradas unicamente em função do ÓDIO e da INTOLERÂNCIA aos "diferentes". Muitos acham que a luta está ganha, que todos os nossos direitos já estão garantidos. Trite engano, ainda há muito por vir. E enquanto ao que já conquistamos, tudo pode ser perdido, uma vez que existem pessoas trabalhando a favor do preconceito e da discriminação. Muitas dessas pessoas estão ocupando cargos importantes: na mídia, nas grandes empresas, e, sobretudo, na política. Não podemos baixar as nossas cabeças e esperar que as conquistas caiam do céu, o que temos hoje é graças a pessoas que, no passado, lutaram, deram o seu sangue, e que morreram em favor desta causa. 

Para muitas pessoas, a luta começa dentro de si mesmo (é necessário compreender-se e aceitar-se como é), após isso, é necessário quebrar as barreiras do preconceito existentes dentro do seio da família. Tarefa que nem sempre é fácil, devido a conceitos pré-estabelecidos e tão enraizados em nossa sociedade. O importante é não deixar que essa dificuldade desestimule o desejo de ser feliz sendo como se é. Vencida mais esta etapa, é necessário lutar por aqueles que ainda não chegaram a este patamar de liberdade. O preconceito não é algo inerente ao ser humano, é apreendido através de conceitos morais de "certo" e "errado". Portanto, é necessário levar as pessoas a refletirem, a repensar estes conceitos que, na verdade, são pré-conceitos. Porém, isso não se faz à base da imposição (não se consegue nada através da força), é necessário que se disseminem as sementes da paz, do amor, do respeito e da tolerância, só assim poderemos colher, mais na frente, os frutos que trarão mais qualidade de vida para aqueles que, hoje, são tão marginalizados em nossa sociedade. 


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mães pela igualdade - Quando a dor se transforma em força.


Maio se estabeleceu como o mês das mães. É verdade que boa parte dessa celebração é motivada pelos interesses da indústria e do comércio, mas é inegável que o amor que se estabelece entre mãe e filho desde a gestação é forte, belo e mais forte que a morte. Infelizmente, há exceções. Todavia, a esmagadora evidência demonstra que a relação mãe-filho comporta compreensão e cumplicidade num nível que dificilmente encontra semelhante.

Por isso mesmo, a dor de uma mãe que vê o próprio filho ferido é incomparável e torna-se insuportável quando essa mãe precisa enterra-lo. Seria injusto, porém, não reconhecer que muitos pais sentem e demonstram a mesma compreensão, cumplicidade e dor para com seus filhos ao longo da jornada da vida. Isso não é uma exclusividade feminina, mas ganha contornos mais visíveis nas mães do que nos pais talvez até por razões biológicas ou culturais, ou uma combinação de ambas, como saber?

Esse ano, o dia das mães será dia 13 de maio, domingo próximo. Por isso, a LiHS aproveita a oportunidade para vir à público e manifestar seu apoio às mães que, tendo vivenciado a dor de ver um filho ferido ou morto por homofobia, ainda estão não tiveram pelo menos o consolo de ver os agressores ou assassinos de seus rebentos responder juridicamente por tais atrocidades.

No Rio de Janeiro, Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro (www.cedsrio.com.br) em parceria com a organização internacional AllOut (http://www.allout.org/pt/maespelaigualdade) organizou uma emocionante exposição que esteve na Praça XV semana passada, e que agora migra para outros pontos da cidade. Nela, fotos de mães com seus filhos gays, lésbicas e transexuais emocionam quem passa. As fotos são acompanhadas de comentários das mães sobre seus filhos. Existem quadros, porém, nos quais as mães estão sozinhas. A tristeza no olhar dessas mulheres é reveladora: ali está a dor da ausência. Seus filhos foram mortos por homofóbicos; sua alegria foi estancada, suas vidas foram marcadas pela tristeza que acompanha tamanha crueldade. A dor ganha novos contornos quando deputados e senadores se omitem diante de tanta crueldade. Um parlamentar conhecido por demonstrar atitudes racistas, machistas e homofóbicas. Em 2012, ele disse: “Prefiro ter um filho morto em acidente do que um filho gay.”

Quando legisladores que deveriam promover a igualdade e coibir a discriminação e agressão contra qualquer cidadão, inclusive o cidadão LGBT, dizem esse tipo de absurdo ou agem motivados por preconceitos como esse para adiar a aprovação de leis que protejam essa parcela vulnerável da população, eles torturam as vítimas mais uma vez, sejam os próprios homoafetivos ou seus parentes e amigos. As mães que encontraram os corpos inertes de seus filhos, muita vezes, mutilados pelo ódio homofóbico de seus agressores, são violentadas de novo. Aquelas que viram seus filhos hospitalizados são novamente submetidas à dor. Os filhos que sobreviveram à violência dos agressores revivem o terror vivido naqueles momentos que pareciam intermináveis, agora com o agravante da injúria de quem deveria garantir seus direitos – o Estado.

“Nós últimos meses, mães de todos os cantos do Brasil começaram a unir suas forças para dar um recado claro contra a discriminação, a violência e a homofobia crescentes, que estão saindo do controle no país. Elas se recusam a aceitar insultos e injúrias contra seus filhos. Elas são as ‘Mães pela Igualdade’.” – informa a AllOut que promove com a prefeitura do Rio essa emocionante exposição que será apresentada na Praça Antero de Quental (Leblon), de 09 a 15 de maio, depois Praça Saen Peña (Tijuca), de 16 a 22 de maio, e finalmente Vigário Geral de 23 a 29 de maio.

É fato que sendo no Rio de Janeiro a campanha terá visibilidade, porém, muitos brasileiros que moram em outras cidades não terão a oportunidade de ver a exposição.Há, porém, um modo de participar desse importante movimento. A AllOut está promovendo uma petição que você pode assinar de qualquer lugar do Brasil e do mundo. A petição está online.  Apoie essa iniciativa que mitigará um pouco da dor dessas mães e poderá fazer nossas autoridades agirem contra essa onda de violência que já vitimou gente demais. Nossos legisladores precisam mandar um recado para toda a sociedade por meio de legislação que coíba crimes como esses.

Veja as fotos das mães e seus filhos, suas declarações e assine a petição aqui:http://www.allout.org/pt/maespelaigualdade

TODOS OS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO ( EDUCAÇÃO BÁSICA E ENSINO SUPERIOR) DO ESTADO DO CEARÁ ADOTARÃO, EM SEUS DOCUMENTOS INTERNOS E NO TRATAMENTO, O NOME SOCIAL DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS.


RESOLUÇÃO Nº437/2012.
DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DO
NOME SOCIAL DE TRAVESTIS E
TRANSEXUAIS NOS REGISTROS
ESCOLARES INTERNOS DO
SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas atribuições legais e considerando o que foi deliberado na Sessão Plenária do dia 11 de abril de 2012, RESOLVE:
Ar t . 1 º  Determinar, quando requerido, que as instituições escolares de educação básica e de ensino superior, vinculadas ao Sistema Estadual de Educação do estado do Ceará, em respeito à cidadania, aos direitos humanos, à diversidade, ao pluralismo, à dignidade da pessoa humana; além do nome civil, incluam o nome social de travestis e transexuais em todos os registros internos dessas instituições.
§1º O estudante maior de 18 (dezoito) anos poderá manifestar o desejo, por escrito, de inclusão do seu nome social pela instituição educacional no ato da matrícula ou, a qualquer momento, no decorrer do ano letivo.
§2º Para os estudantes que não atingiram a maioridade legal, a inclusão poderá ser feita mediante autorização conjunta, por escrito, dos pais ou responsáveis, ou por decisão judicial.
§3º Quando requerido no ato da matrícula, o nome social deverá ser incluído de imediato em todos os registros internos ou se requerido em outro período, a tramitação do processo deverá observar o prazo de 30 (trinta) dias.
Art.2º Entender por nome civil aquele registrado na certidão de nascimento ou equivalente.
Art.3º Entender por nome social aquele adotado pela pessoa e/ou como ela é conhecida e identificada na comunidade, respeitando a identidade de gênero.
Art.4º O nome social, entre parênteses, deverá preceder o nome civil em todos os registros e documentos escolares internos e ser usual na forma de tratamento.
Art.5º As instituições supracitadas deverão viabilizar as condições necessárias d e respeito às individualidades, mantendo programas educativos de combate à homofobia e transfobia, assegurando ações e diretrizes previstas na legislação vigente.

Art.6º No ato de expedição de declarações, de certidões, de histórico escolar, de certificado e de diploma, constará somente o nome civil.
Art.7º Nos casos em que o interesse público exigir, inclusive para salvaguardar direitos de terceiros, será considerado o nome civil da pessoa travesti ou transexual.
Art.8º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. SALA DAS SESSÕES DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, em Fortaleza, aos 11 de abril de 2012.

Edgar Linhares Lima
PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Ada Pimentel Gomes Fernandes Vieira
VICE-PRESIDENTE
Sebastião Teoberto Mourão Landim
PRESIDENTE DA CEB
Samuel Brasileiro Filho
PRESIDENTE DA CESP
Francisco Assis Bezerra da Cunha
RELATOR
Ana Maria Nogueira Cruz
Carlos Alberto Barbosa de Castro
Henry de Holanda Campos
José Batista de Lima
José Marcelo Farias Lima
José Nelson Arruda Filho
Maria Luzia Alves Jesuíno
Maria Palmira Soares de Mesquita
Nohemy Rezende Ibanez
Orozimbo Leão de Carvalho Neto
Sebastião Valdemir Mourão
Selene Maria Penaforte Silveira
Vicente de Paula Maia Santos Lima

***  ***  ***

terça-feira, 8 de maio de 2012

Luma Andrade participará de reunião técnica, em Brasília, sobre “homofobia nas escolas”.



A presidenta da Associação Russana da Diversidade Humana, Luma Andrade, por seu reconhecido trabalho como educadora para a diversidade humana e prevenção a DST/HIV/AIDS, além dos trabalhos sociais realizados juntamente com os demais integrantes da ARDH, recebeu um convite da Coordenadoria Geral de Direitos Humanos do Ministério da Educação - MEC, para participar de uma reunião técnica com professores, gestores e profissionais da educação, no dia 14 de maio de 2012, em Brasília - DF. Na reunião, serão debatidos temas relativos à "homofobia na escola", objetivando a troca de experiências e discussão de boas práticas de programas e projetos sobre o tema.

No dia seguinte, 15 de maio, Luma participará, juntamente com os demais convidados, do 9º Seminário Nacional LGBT no Congresso Nacional, qualificando o debate com suas experiências/trajetórias.

É o trabalho da ARDH, na pessoa da sua presidenta, Luma Andrade, sendo, mais uma vez, reconhecido a nível nacional.

Travestis e transexuais podem usar nome social em escolas e universidades do Ceará

Travestis e transexuais do Ceará já podem ter o nome social incluído nos registros escolares internos do sistema estadual de ensino. A resolução foi publicada no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira (3). A medida vale para instituições de educação básica e de ensino superior. Segundo o texto, quando requerido, as instituições escolares devem incluir além do nome civil, o nome social de travestis e transexuais em todos os registros internos. O processo de inclusão deve acontecer no prazo de trinta dias.

O estudante maior de dezoito anos poderá manifestar o interesse pela inclusão do nome social durante a matrícula ou a qualquer momento do ano letivo. Os alunos que ainda não atingiram a maioridade legal devem apresentar uma autorização conjunta dos pais ou responsáveis, ou uma decisão judicial.
A resolução diz que o nome social deve ser escrito entre parênteses antes do nome civil e que deve ser usado como forma de tratamento do aluno. Entretanto, na expedição de declarações, de certidões, de histórico escolar, de certificado e de diploma, constará somente o nome civil.
Mais uma conquista da Associação Russana da Diversidade Humana.

domingo, 6 de maio de 2012

Associação Russana da Diversidade Humana é destaque nacional.


Três representantes do MINISTÉRIO DA SAÚDE, vindos diretamente de Brasília, estarão em nosso município quarta-feira (09/05/2012), especialmente para conhecer a história de vida de Luma Andrade e o trabalho ( reconhecido nacionalmente) da Associação Russana da Diversidade Humana, ARDH, com a prevenção à DST/HIV/AIDS. O material produzido e coletado pela equipe será publicado em uma revista especializada do Ministério da Saúde e distribuída nacionalmente. Estamos fazendo nossa parte e o reconhecimento é fruto de um árduo trabalho de equipe e muita luta.

Obrigada a todos e todas que fazem a ARDH e/ou diretamente ou indiretamente apoiam nossos trabalhos. As críticas sempre existirão, mas as respostas a estas sempre virão com o nosso trabalho e o reconhecimento deste por pessoas verdadeiramente capacitadas.

NÃO SE TRANSFORMA O MUNDO E AS PESSOAS APENAS COM DISCUSSOS, MAS COM ATOS.

Por Luma Andarde.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ceará ocupa 8º lugar no ranking de assassinatos de homossexuais em 2011.


Ceará ocupa 8º lugar no ranking de assassinatos de homossexuais em 2011
O Ceará é o 8º estado brasileiro onde mais homossexuais foram assassinados em 2011, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), ONG que coleta informações sobre homofobia no Brasil desde a década de 1970. Dos 266 registros de homicídios de gays, lésbicas e travestis em todo o país no ano passado, 10 foram no nosso Estado – três a mais do que em 2010, quando sete foram mortos.

A nível nacional, a maioria dos assassinatos em 2011 foram de homossexuais do sexo masculino (60%), seguidos pelos do sexo feminino (37%) e pelos travestis (3%). Nos três primeiros meses de 2012, os dados mostram que pelo menos 104 homossexuais já foram mortos no Brasil – uma média de um morto a cada 21 horas. A tendência, segundo o GGB, é do número bater recorde neste ano.

Sub notificação

Em Fortaleza, o Centro de Referência LGBT Janaína Dutra contabilizou a morte de pelo menos nove homossexuais no ano passado, nos 221 casos de violência física registrados. De acordo com a assessora jurídica do órgão, Rose Marques, esses números enfrentam um problema de sub notificação, pois “não existe um órgão de segurança específico para registrar crimes com causas homofóbicas”.

 “Os números não condizem com a realidade, pois o crime de homofobia ainda não existe. São registrados sem a circunstância homofóbica”, explica Rose. De acordo com ela, o Projeto de Lei 122, que prevê a criminalização da homofobia, está no Congresso Nacional e ainda não foi votado. “A gente sempre enfrenta problemas com a igreja e com fundamentalistas religiosos”, desabafa.

A assessora afirma ainda que a maioria dos atendimentos realizados no Centro de Referência são, na verdade, a vítimas de violência psicológica, envolvidas principalmente em conflitos com a família e com a vizinhança. “Somente depois é que vem a violência física”, completa. Segundo Rose, o Centro presta atendimentos jurídico, psicológico e social para as vítimas homossexuais.

Números no Brasil

Dentre as regiões brasileiras, a Nordeste foi considerada a ‘mais homofóbica’. Segundo os dados do GGB, a região foi responsável por 46% dos assassinatos de homossexuais. Em seguida, aparecem as regiões Sul/Sudeste, com 34% dos “homocídios”, e o Norte/Centro-Oeste, com 19%. Entre os estados, a Bahia lidera a lista pelo sexto ano consecutivo, com 28 homicídios, seguida por Pernambuco (25) e São Paulo (24).

 Em relação à idade, a pesquisa aponta que a maioria dos homossexuais assassinados tinha entre 20 e 40 anos (55%). Dos 266 mortos, somente 4% tinham menos de 18 anos. De acordo com o relatório, o mais jovem vítima de homicídio foi um estudante gay paulista de 14 anos, e o mais velho, um idoso de 73 anos da cidade Salvador, cuja família não permitiu a divulgação do nome na imprensa.

Ainda segundo o Grupo Gay da Bahia, os homossexuais mortos exerciam 48 profissões diferentes, em que predominam profissionais do sexo (72 vítimas), seguidas de estudantes (11), cabeleireiro/as (8), funcionários/as públicos (7), policiais (5), padres (3) e pais de santo (2). As outras profissões apresentam números menos expressivos.

Líder mundial

A nível mundial, os números mostram que o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de execuções de todo mundo. Nos Estados Unidos, que possui 100 milhões a mais de habitantes, por exemplo, foram contabilizados nove mortes de travestis em 2011, enquanto, no nosso país, foram executados pelo menos 98.

Fonte: jangadeiroonline.com.br