sábado, 28 de abril de 2012

STF aprova sistema de cotas raciais nas universidades públicas do país.


Decisão foi unânime no Supremo Tribunal Federal. Na Universidade de Brasília, 20% das vagas do vestibular são para a cota de negros.

Giovana TelesBrasília

 Supremo Tribunal Federal aprovou, na noite de quinta-feira (26), a política de cotas raciais nas universidades públicas brasileiras. A decisão foi por unanimidade e vale para todas as universidades públicas que já usam ou pretendem implantar o sistema.Na Universidade de Brasília, 20% das vagas do vestibular são para a cota de negros. Esses candidatos concorrem entre si. 

Os aprovados passam por uma entrevista e o que a banca leva em conta são apenas as características físicas. As condições sociais e econômicas das famílias não têm influência. Em uma volta pelo campus, é fácil encontrar estudantes beneficiados pela política de cotas. Em oito anos, cerca de cinco mil alunos entraram na UNB dessa forma. José Américo Garcia, decano de graduação da Universidade de Brasília, pioneira na adoção das cotas para negros, comemorou a decisão. “Agora ele veio pra ficar. Esse é um compromisso nosso com a sociedade”. 

A decisão do STF divide os universitários. Goulart Junior, por exemplo, sempre estudou em escola pública. Diz que passaria no vestibular tradicional, mas fez a opção pelas cotas. “Essa dívida é com o negro, porque independente da classe social, o preconceito é com o negro. Eu mesmo já sofri mesmo com isso”, opina o estudante. Já o estudante Thiago Batista Moreira nem tentou o sistema de cotas para entrar na faculdade: “Por um tempo, poderia ser paliativo, para reparar certas coisas, mas você está segregando grupos”, defende. O STF ainda vai analisar outras ações que tratam de cotas. Uma delas é a de um estudante que não foi aprovado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul por causa da reserva de vagas para alunos das escolas públicas.


Confira a matéria na íntegra aqui

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