sexta-feira, 2 de março de 2012

ARDH em manifestação pública.


A Associação Russana da Diversidade Humana acompanhou ontem ( 01/12/2012) mais uma vítima do preconceito e da discriminação na Delegacia de Polícia. É o segundo caso neste ano ( ver documento em anexo), mas desta vez testemunhas se disponibilizaram a prestar depoimento à justiça por reconhecer o ato como transfóbico (por a vítima ser uma travesti). 

O caso terá dependendo da análise judicial consequências graves para o acusado, caso este seja considerado culpado. Não podemos continuar mantendo judicialmente ilesas pessoas na sociedade Russana que não respeitam as diferenças e os Direitos Humanos. Todos os casos que chegarem até esta associação o tratamento será com o Rigor da Lei”. Desde 2009 a Associação realiza ações de informação e conscientização nas escolas, nas praças, em vias públicas, nas Paradas Regionais da Diversidade Humana, na imprensa escrita, falada e televisionada, dentre outras. Este trabalho continuará, mas casos como estes no município de Russas não serão mais tolerados ou negociados, pois não podemos negociar Direitos Humanos, mas garanti-los. 

Na oportunidade, informo que encaminhamos desde o dia 21 de novembro de 2011 duas Propostas de Projetos de Leis para o Executivo Municipal, uma que trata do Decêndio da Diversidade Humana (Inclusive realizamos esta atividade ano passado) e a Proposta de Projeto de Lei que Veda Discriminação à Diversidade Humana (populações de Negros, Deficientes, LGBTTs, idosos, de menos recursos financeiros, dentre outros). As propostas, após passarem pelo Ministério Público, Comissão de Direitos Humanos da OAB e Procuradoria Municipal foram encaminhadas em forma de Projetos de LEI pelo Executivo Municipal, sem inconstitucionalidades, para apreciação do Legislativo Municipal. Atentamente acompanharemos e solicitamos que a POPULAÇÃO RUSSANA acompanhe o posicionamento de cada um dos vereadores, em especial, aqueles que receberam seu voto.

As citadas propostas não diminuem em nada o direito de ninguém, pelo contrário, asseguram direitos fundamentais e o exercício da cidadania às referendadas populações historicamente discriminadas ( violentadas verbalmente, fisicamente e até assassinadas) pelo simples fato de ter uma cor diferente, fazer sexo diferente, amar diferente, ser feliz diferente do padrão hegemônico de homem. Não podemos esquecer que o homem evoluiu e a realidade hoje é contemporânea, o que configura uma mudança radical de valores humanitários. Veremos dentre nossos vereadores aquele que estará a favor dos Direitos Humanos e atento à promoção de uma cultura de PAZ entre as pessoas, independente de suas singularidades. 

“Não há caminho para PAZ, a PAZ é o caminho”. 
Gandhi.

Atenciosamente,

Luma Andrade 
PRESIDENTA DA ARDH

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