Ativistas, simpatizantes e lideranças GLBT comemoram em, frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) -
A
Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quinta-feira
projeto de lei que inclui no Código Civil a união estável entre
homossexuais e sua futura conversão em casamento. A proposta transforma
em lei uma decisão já tomada por unanimidade pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) em maio de 2011, quando reconheceu a união estável de
homossexuais como unidade familiar.
A
proposta, da senadora Marta Suplicy (PT-SP), ainda terá de passar pela
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a plenário e também
terá de ser votada pela Câmara dos Deputados, onde deverá enfrentar
muito mais resistência do que no Senado, especialmente por parte da
chamada bancada evangélica.
Em
seu relatório sobre o PL, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) defendeu a
proposta lembrando que o Congresso está atrasado não apenas em relação
ao STF, quanto em relação à Receita Federal e ao INSS, que já reconhecem
casais do mesmo sexo em suas normas. A senadora lembra, no entanto, que
a conversão de união estável em casamento não tem qualquer relação com o
casamento religioso.
"O
projeto dispõe somente sobre a união estável e o casamento civil, sem
qualquer impacto sobre o casamento religioso. Dessa forma, não fere de
modo algum a liberdade de organização religiosa nem a de crença de
qualquer pessoa, embora garanta, por outro lado, que a fé de uns não se
sobreponha à liberdade pessoal de outros", apontou em seu relatório.
Apesar
da decisão do STF, que serve de jurisprudência para as demais esferas
judiciais, casais homossexuais têm tido dificuldade em obter na Justiça a
conversão, mesmo em cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro.
Vários juízes alegam, apesar da decisão do órgão superior, que não há
legislação a respeito. Durante a votação do STF, o então presidente do
Tribunal, ministro Cezar Peluso, cobrou do Congresso que "assumisse a
tarefa que até agora não se sentiu propensa a fazer" e transformasse a
conversão em lei.
fonte: UOL notícias
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